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O Campeonato Paulista Sub-23 da Segunda Divisão, que tinha início previsto para a semana passada e foi adiado em razão da pandemia do novo coronavírus, deve ser disputado apenas no segundo semestre. Pelo menos isso é que o prevê o vice-presidente do Futebol do Rio Branco, Éder Duarte, que falou ao O JOGO via WhatsApp.
“É quase certeza (que será no segundo semestre), 99 por cento. Não acredito que o campeonato comece antes do fim de julho, início de agosto”, disse Éder. “E deve ser mais curto, possivelmente com mais grupos de menos times, já que tem que terminar até o início de novembro”, salientou o vice-presidente.
O dirigente do Rio Branco disse que representantes dos 42 times inicialmente confirmados na Segunda Divisão estão discutindo os rumos do campeonato num grupo fechado de WhatsApp. Tudo que for decidido será apresentado pelos clubes na reunião do Conselho Arbitral na Federação Paulista de Futebol (FPF), que ainda não tem data marcada.
“Ajudei a organizar e estou participando do grupo. O primeiro ítem que chegamos a uma decisão foi em relação a não ter rebaixamento. 31 times votaram a favor e isso é certo, inclusive o Reinaldo (Carneiro Bastos, presidente da FPF) já acatou. Agora, estamos discutindo outros pontos, como fórmula de disputa e até pedido de ajuda (financeira) à federação”, explicou Éder.
O vice-presidente do Rio Branco acredita que, por conta da perda de patrocínio, vários dos 42 times nem disputem a temporada 2020. “Por enquanto, 25 se posicionaram na certeza de disputar, porém, tudo depende do tempo que avançar a crise e isso pode atrapalhar mais ainda”, citou.
Éder Duarte afirmou que a posição de momento do Rio Branco é participar da Segunda Divisão. Ele, no entanto, ressaltou que a decisão dependerá da questão financeira. Questionado sobre o custo mensal do Rio Branco para o campeonato, o homem-forte do futebol riobranquense esquivou-se três vezes. No entanto, O JOGO apurou que, numa planilha inicial, entre folha de pagamento e despesas diversas, como hospedagem, alimentação e viagens, entre outras, a previsão é de R$ 100 mil mensais.
“Tem um ponto que será crucial, que é se a federação irá manter a cota antes estabelecida ou se vai recuar e reduzir o valor. Esse ponto é a interrogação”, frisou o vice-presidente. De acordo com ele, a FPF, inicialmente, definiu a cota da 1ª fase em R$ 35 mil.
“Evidentemente que com as mudanças (período de disputa e não rebaixamento), todo planejamento financeiro pode ser reduzido, mas essa questão (financeira) é o principal ponto que discutimos no grupo (de WhatsApp). Vários times perderam patrocínio. Até o Bandeirante (de Birigui), que falavam em folha alta, já recuou”, acrescentou.
Éder Duarte mostrou-se tranquilo em relação à permanência da comissão técnica e dos jogadores, mesmo com a incerteza quanto ao futuro do campeonato. “A comissão está fechada, inclusive partiu do próprio Parraga (técnico) a atitude de afastamento sem remuneração por entender a crise. Quanto aos jogadores, eles assinaram pré-contrato. Então, não creio que corremos riscos”, finalizou.
Texto: Zaramelo Jr. | O Jogo