O coach William Barbosa e os atletas Val Tunussi e Thiago Cia, todos da Triaction Team, participaram de evento que serviu para avaliar a retomada das corridas de ruas, que estão suspensas desde março por causa da pandemia.
A corrida de verificação de protocolo foi realizada no dia 25 de outubro, no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, e restrita a 140 convidados – de Americana também marcaram presença Emerson Michelin e Natália Painelli, coachs da S2 Assessoria Esportiva. Natália, por sinal, conforme matéria publicada na edição 818, foi a vencedora da prova feminina.
Barbosa, Val e Thiago avaliaram como positiva a iniciativa da Abraceo (Associação Brasileira de Corridas de Rua e Esportes Outdoor) e citaram pontos importantes, como aferição de temperatura na entrada do local, uso de máscara, álcool em gel em vários pontos, largada em ondas (a cada 30 segundos saiu um pelotão de 30 atletas) e presença de staff em todo percurso passando orientações.
O trio de Americana, no entanto, considera que há necessidade de alguns ajustes para provas com maior número de participantes do que essa feita para avaliação de protocolo. “Uma coisa é corrida com 140 atletas e outra é com mais de mil. Essa em São Paulo foi bem legal, mas tem que ver se vai dar certo com mais gente”, disse Barbosa.
Além de questões técnicas, o coach da Triaction citou o aspecto financeiro que envolve a realização de corridas. “O pessoal que organiza corridas de rua tem uma série de taxas para pagar e por isso eles precisam de volume de atletas. Será que fica rentável com restrições?”, questionou.
Para Val, dos protocolos propostos no teste de outubro, os que têm aplicação mais provável na volta das corridas são álcool em gel no percurso, largada em ondas de acordo com número de inscritos e utilização de máscara apenas nas áres comuns. “Correr de máscara é, na minha humilde opinião, desumano e insalubre”, afirmou.
Thiago, a exemplo de Barbosa e Val, acredita que é possível que ainda este ano algumas corridas de rua sejam realizadas. “A cidade de São Paulo dita o ritmo de todo Estado e até do Brasil. Se lá tem, em outras cidades também vai ter. Acho que é natural essa retomada, pois outras modalidades já estão em atividade”, comentou.
Além dos pontos positivos do teste citados pela esposa e pelo amigo, Thiago também ressaltou a praticidade e a segurança na hora da retira do kit do atleta. Ele, no entanto, fez a citação de duas questões que devem ser melhor analisadas.
“A largada em ondas, com distanciamento, foi bem bacana com 140 atletas, mas com 1500 será que funciona? E o uso de máscara durante a corrida é complicado. Todo atleta sofre muito com essa de pano. De repente, os organizadores colocam no kit uma máscara específica para a prática esportiva”, finalizou.