Pituco Sacilotto: do futebol para mundo dos negócios

Pituco Sacilotto com a esposa Marianne e os filhos Mássimo e Fiorella

O americanense Luiz Gabriel Sacilotto Filho, o Pituco, hoje aos 37 anos, foi revelado para o futebol pelo Rio Branco, passou várias temporadas jogando na Europa e encerrou a carreira profissional na segunda quinzena de julho de 2016, após passagem de pouco mais de dois meses pelo Tupi de Juiz de Fora (MG), à época na Série B do Campeonato Brasileiro.

A trajetória de Pituco em solos europeus começou no St. Patrick´s, da Irlanda, em 2003, quanto tinha apenas 20 anos. De 2004 ao início de 2016, o meio-campista atuou no futebol da Itália, vestindo as camisas de Perugia, Valfabbrica, Cesena, Virtus Lanciano, Nocerina, Latina, Lecce e Robur Siena.

Casado com Marianne e pai de Massino e Fiorella, Pituco Sacilotto deixou o futebol profissional há quatro anos e hoje é diretor de E-Commerce da rede de lojas Danny Cosméticos. Ocupa uma mesa na mesma sala do pai Luiz Gabriel, o Bié, que sempre foi seu maior incentivador no mundo da bola.

O JOGO conversou com o ex-jogador para saber como tem sido a vida longe dos gramados, mais perto da família e envolvido no mundo empresarial. Confira!

O JOGO – Quatro após deixar o futebol, do que você ainda sente saudades?

PITUCO – Sinto saudades dos amigos que o mundo da bola me deu, das grandes conquistas que tive nesses 18 anos de carreira profissional, do vestiário e, por fim, do domingo, pois era o dia do jogo, o dia de fazer a torcida feliz.

O JOGO – O que você faz para matar as saudades?

PITUCO – Logo quando parei, fiquei praticamente um ano sem acompanhar o futebol. Comecei a jogar raquetinha para distrair, mas alguns jogos com amigos sempre aparecem e desde o ano passado estou jogando no minicampo do Flamengo, que é um baita campeonato.

O JOGO – Qual foi a maior dificuldade que você encontrou para adaptar-se à rotina do dia a dia sem futebol?

PITUCO – Foi a adaptação para o mundo dos negócios, que é totalmente dinâmico e imprevisível.

Pituco defendeu o Lecce na temporada 2014/15 do Italiano

O JOGO – Quais pessoas foram importantes na sua volta à vida de “cidadão comum”?

PITUCO – Sempre a família será o balizador de nossas decisões. Após o nascimento da minha filha Fiorella, tive a certeza de que o futebol não estava mais me trazendo alegrias e sim sofrimento devido à distância que estava tendo da minha família. Como sofrimento é uma opção, resolvi parar .

O JOGO – O que de mais importante você tem feito atualmente que não conseguia fazer quando era jogador?

PITUCO – Hoje, com minha esposa e meus dois filhos, consigo curtir os finais de semana, seja indo em uma festa de aniversário, um encontro com amigos, uma viagem de última hora. Esses momentos parecem simples, mas fazem falta quando você mora fora do país.

O JOGO – Como tem sido a vida participando dos negócios da família?

PITUCO – Sou grato ao meu pai e a minha tia Lourdinha, sócios proprietários da Danny Cosméticos, que me darem a oportunidade de poder fazer parte dessa família junto com minha prima Mariella e meu irmão Rafael. Pude perceber que no varejo também os desafios diários existem e o alvo para atingir seus objetivos depende da sua dedicação diária no trabalho. Portanto, o segredo para o sucesso é o mesmo para qualquer atividade: dedicação, resiliência e amor pelo o que faz.

O JOGO – Como é sua rotina diária?

PITUCO – Minha jornada começa às 5h20. Costumo ler, fazer algum curso até as 6 horas. Depois, faço academia e por volta das 8 horas chego no escritório. Faço questão em almoçar com a minha família todos os dias, pois a mesa de refeição é o único lugar da casa que conseguimos nos reunir, já que à noite cada um fica em um lugar. Assim, em 30/40 minutos posso curtir esse momento. À tarde, fico na empresa até as 18h30 e depois volto para casa. Durante a semana, procuro não marcar nada no final do dia, deixo mais para o final de semana.

O JOGO – Quais as dificuldades que você encontrou nesta transição do futebol para o mundo dos negócios?

PITUCO – As maiores dificuldades foram a adaptação com o dinamismo do varejo, a necessidade em buscar conhecimento constante e aprender diariamente com todos na empresa. 

O JOGO – A pressão é maior num jogo de futebol ou dentro de um escritório fazendo gestão empresarial?

PITUCO – A vida é feita de desafios e as decisões são necessárias em qualquer profissão. O que vai aliviar a sua pressão é o quão você está preparado para executar o seu trabalho. Tudo depende de seu conhecimento, de sua dedicação.

O JOGO – Se você tivesse o poder de voltar no tempo, faria tudo de novo ou escolheria outro caminho?

PITUCO – Com certeza faria tudo de novo e valeria a pena cada segundo de dedicação para alcançar esse sonho.

O JOGO – Como você acha que será o mundo após essa pandemia de covid-19?

PITUCO – A nossa fé nunca poderá ser menor do que o medo!

Em família: o ex-jogador com o pai Bié e o irmão Rafael

Zaramelo Jr. | O Jogo

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