– Qual será o destino de Lionel Messi?
– Desde a saída de Pep Guardiola, a administração do Barcelona tornou-se uma bagunça e a decadência culminou na insatisfação do maior jogador da história do clube, afinal, Messi cansou de, ao lado de Ter Stegen e Luis Suárez, carregar nas costas a confusa equipe culé.
– O ponto alto da insatisfação do argentino foi a vexatória goleada para o Bayern de Munique por 8×2, um dia que, assim como o 7×1, ficará marcado na história do futebol: se o título do Liverpool ensejou uma rediscussão sobre o modelo de jogo, a vitória dos alemães decretou o final da era do “tiki-taka puro”.

– Messi não aguenta mais, pois é triste ter vivido áureos tempos com Xavi e Iniesta e hoje ter Rakitic e Vidal; é difícil lembrar de Neymar e hoje ver Dembelé; é complicado ter aprendido com Guardiola e aturar Quiqué Setien…
– Aliás, os últimos dois grandes companheiros – Neymar e Guardiola – podem ser decisivos quanto ao destino do argentino, já que o PSG de Neymar e o City de Guardiola são francos favoritos para contar com o atacante na próxima temporada.
– Seria atraente ver Neymar, Messi e Mbappé juntos na França, mas entendo que para absoluto delírio e novo paradigma futebolístico, Messi deveria escolher a reunião com o antigo mestre Guardiola e companheiros de elevado nível como De Bruyne, Bernardo Silva etc.
– Pep mudou de pensamento ao treinar o Bayern e hoje implementa nova ideia de jogo nos Citizens: é a posse não só pela posse, agressiva, vertical, com virtudes do “perde-pressiona” de Klopp, é um “tiki-taka intenso”, adaptado ao espaço mais curto e a ideia de times compactos.
– Ao invés dos longos passes de Xavi, as bolas fortes e curtas de De Bruyne; ao invés da movimentação mais estática dos pontas, uma diversidade de movimentos no último terço. É a evolução do “Guardiolismo”. Com uma equipe já pronta e com identidade formada, é para Messi, Pep e City um passo adiante.
– Messi em Manchester é bom negócio a todos os envolvidos e, honestamente, a melhor aposta que Guardiola tem para tentar retornar à final da UCL e vencê-la.
– É óbvio que existem inúmeras variáveis, inclusive, questões jurídicas que pendem e deverão ser resolvidas em uma briga sem precedentes, e não poderia ser diferente, pois, concluo com um questionamento: quem não quer ter Messi no time?
Fraternal amplexo.
RENAN BINOTTO ZARAMELO
Advogado e Jornalista