Lendas do Futebol: O Divino Ademir da Guia

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Ademir da Guia, em 1976: o maior ídolo do Palmeiras

O DIVINO ADEMIR DA GUIA!

Ademir da Guia: nome, o sobrenome e futebol de craque!” Esta foi a definição de Armando Nogueira a respeito do maior ídolo da história do Palmeiras: “Ademir”, homenagem a Ademir de Menezes; e “da Guia”, sobrenome de seu pai, Domingos, que era dono de um futebol refinadíssimo, apesar de ter sido um zagueiro.

Quanto ao “futebol de craque”, ninguém que o viu jogar pode negar! Ademir era uma pessoa muito discreta e tímida. Em campo, se impunha aos adversários, com sua corrida e domínio de bola que pareciam um filme em câmera lenta.

Quando dominava a bola, até parecia que seus adversários ficavam “entorpecidos”, parando para reverenciÁ-lo… A respeito disso, João Cabral de Mello assim o descreveu em seu poema “Ademir da Guia”: “… Ritmo morno, de andar na areia/de água doente de alagados/entorpecendo e então atando/o mais irrequieto adversário.”

Tinha uma característica que o diferenciava da média: estava sempre perto de onde a bola estava, se “oferecendo para o jogo” o tempo todo. A saída de bola do goleiro ou o companheiro de time apertado pela marcação adversária, tinha nele uma constante tábua de salvação.

Apesar de seu estilo de não entrar em polêmicas, Ademir sempre foi motivo de polêmicas! Em especial, duas que eram motivo de discussão entre palmeirenses e não palmeirenses e entre paulistas e cariocas: respectivamente, era ou não era lento e servia ou não servia pra seleção brasileira?

Estranho alguém que, em todos os jogos, era o jogador que mais tocava na bola, poderia ser considerado lento. Pergunto: será que todos os outros eram mais lentos? Na verdade, ele impunha o ritmo de jogo, com seu domínio de bola ímpar, que teria herdado de seu pai.

Em seu auge, teve concorrentes para a seleção, como Gérson, Dirceu Lopes, Rivelino e Lima, dentre outros. Na Copa de 1974, amargou o banco de reservas e, quando teve uma oportunidade, contra a Polônia, era o melhor em campo quando Zagallo o substituiu alegando que Ademir teria pedido para sair, o que Ademir negou, mais tarde…

Durante uma transmissão da antiga TV Tupi, a certa altura, Ademir erra um passe. Mario Moraes, folclórico narrador do jogo, gritou: “Para o jogo! Ademir da Guia errou um passe! Feriado Nacional!”…

Ademir da Guia, em 2017, no Novembro Azul de Americana

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