[uam_ad id=”985″]
Os “noventa milhões em ação” da música que embalou a conquista do tricampeonato, no México em 1970, marcou duas coisas: a última Copa que o Brasil conquistou com competência e brilho; e a última vez que “aquela corrente pra frente, parece que todo o Brasil deu a mão!”. Foi a última vez que a seleção foi a “Pátria de chuteiras”!
Foi a primeira Copa do Mundo que seria acompanhada ao vivo pela TV pelos brasileiros. Após uma brilhante classificação nas Eliminatórias (com 100% de aproveitamento), o time andou sendo irregular nas partidas de preparação e, 30 dias antes da estreia, João Saldanha (inimigo confesso do governo!) foi substituído por Zagallo.
Na tarde-noite de 3 de junho, os brasileiros ficaram em isolamento voluntário por quase duas horas para assistir Brasil e Tchecoslováquia! O Brasil estava tão tenso quanto os jogadores em Guadalajara. O jogo ainda estava naquela “fase de estudos”, quando Petras inaugura o marcador. Ninguém queria acreditar!
Assim como Viktor, goleiro tcheco, não poderia acreditar que: Rivelino pudesse ter um chute tão forte; que Pelé não teria a ousadia de tentar encobri-lo com um chute de antes do meio de campo; que Gerson poderia fazer lançamentos tão cirúrgicos para colocar Pelé e Jairzinho à sua frente para fazerem dois gols; e que Jairzinho poderia fazer uma fila de quatro jogadores antes de chutar para o quarto gol…
4 a 1! Vencemos e convencemos! Dali pra frente, três vitórias até a semifinal contra nossos carrascos de 1950. Os uruguaios diziam que seriam tricampeões, seguindo uma sequência de 20 anos entre uma conquista e outra (1930 e 1950).
Após sairmos perdendo, com um gol muito parecido com aquele de Ghighia na final da Copa de 50, tivemos um jogo tenso, amarrado e violento, até que, aos 45’, Clodoaldo acha o gol de empate. Jairzinho e Rivelino fariam os gols da vitória. A vingança de 1950 foi ainda mais completa quando, no finzinho do jogo, Pelé acerta um zagueiro adversário, com uma cotovelada…
Goleamos os italianos, na final, por 4 a 1. Até hoje, ainda me arrepio quando revejo o gol do capitão Carlos Alberto Torres, completando a goleada! Tricampeões com a melhor seleção que o mundo já viu! Time de craques, com excelente técnica e preparação física, determinado e com o rei Pelé! Precisa mais?
