Na segunda temporada após seu retorno às pistas, o americanense Fabio Casagrande sagrou-se campeão da Trophy Cup do TCR South America – a categoria é destinada a pilotos que não vivem profissionalmente do automobilismo. A conquista veio durante o final de semana, no Autódromo Oscar e Juan Gálvez, em Buenos Aires, na Argentina, na realização da penúltima etapa de 2022.
A bordo do Honda Civic da Squadra Martino, Casagrande foi o ganhador na Trophy e o sexto na classificação geral na primeira corrida no circuito de 3,353 km da capital argentina; na segunda, repetiu o resultado na categoria e cruzou em oitavo na geral.
Com essa performance, o piloto de Americana de 46 anos chegou a 487 pontos e não pode mais ser alcançando na liderança – o segundo colocado é o uruguaio Enrique Maglione, que tem 385 pontos.
Com o título da Trophy Cup assegurado, Casagrande agora planeja subir algumas poisções na geral do campeonato. No momento, ele é o sétimo colocado com 200 pontos – o líder é o argentino Fabrizio Pezzini, com 465. Entre os brasileiros, o americanense é o terceiro melhor, atrás apenas de Rafael Reis, terceiro com 365 pontos, e Pedro Aizza, quinto com 309.
A rodada de encerramento do TCR South America está marcada para o Autódromo El Villicum, na cidade de San Juan, também na Argentina, nos dias 8 e 9 de outubro.
“A SENSAÇÃO É DE DEVER CUMPRIDO”
O JOGO – Qual a sensação de conquistar o título?
FABIO CASAGRANDE – Quando voltei a correr no ano passado, meu objetivo era apenas participar e sentir novamente o prazer de estar em uma competição de alto nível. No meio da temporada, troquei de marca e de equipe, com isso perdi uma etapa. Mesmo assim, cheguei a brigar pelo título da Trophy. No final do ano, decidi que queria continuar na categoria e coloquei como objetivos ser campeão da Trophy e conseguir alcançar pelo menos um pódio na geral. Os dois objetivos foram alcançados agora em 2022, com a conquista da Trophy com uma rodada de antecedência e com a vitória em Termas de Rio Hondo na geral. Sentimento de dever cumprido e agora indo para a última etapa, em El Villicum, mais leve
O JOGO – Em qual momento da temporada você viu que efetivamente tinha chances de ser campeão?
CASAGRANDE – Minha temporada não começou bem. Minha meta era andar bem nas etapas brasileiras para ter um fôlego quando chegasse ao Uruguai e Argentina, pois não conhecia os circuitos. Tive dois acidentes na etapa do Velocitta (um em cada corrida), um problema na direção elétrica durante a prova de Interlagos e problema no turbo na etapa de Goiânia. Porém, em Goiânia, consegui dois P2. Tive que correr atrás nas etapas seguintes e senti que estava muito próximo em Termas de Rio Hondo, não só pelo resultado, mas principalmente pelo desempenho
O JOGO – Quais foram suas principais virtudes nesta temporada?
CASAGRANDE – Saber ouvir, ter paciência e entender que tinha que aprender como pilotar carros de tração dianteira, algo que nunca tinha experimentado
O JOGO – Do seu retorno às pistas para cá, em quais pontos você melhorou e em quais acha que ainda precisa melhorar?
CASAGRANDE – Tecnicamente melhorei muito, principalmente quando dividi o carro com o Esteban Guerrieri em Termas de Rio Hondo. Aprendi a poupar os pneus, o que é muito importante nesta categoria. Apesar da evolução, tenho que melhorar bastante a parte técnica e também a parte física se quiser alcançar objetivos maiores no próximo ano
O JOGO – Para 2023, quais seus planos? Segue na TCR ou vai para outro campeonato?
CASAGRANDE – Sigo na TCR. Estou em busca de patrocinadores para isso. Meu objetivo para o ano que vem é terminar o campeonato entre os três primeiros na geral. Com a conquista do campeonato de 2022, a premiação é participar de uma etapa da TCR no exterior (ainda não está definido qual país/campeonato). Andar forte nesta etapa também é meu objetivo.