Théo Pioli Trevisani sagrou-se bicampeão da Copa Sópneus Goodyear de Kart Pé de Chumbo, que teve a rodada final com quatro corridas de 15 voltas cada, sábado (14), no Kartódromo San Marino, em Paulínia. Para repetir o feito do ano passado e chegar ao topo do pódio novamente agora em 2020, Théo aliou o talento da pilotagem à sorte.
A história do capítulo final da 15ª temporada do Pé de Chumbo teve cenas emocionantes e empolgantes, com a definição do campeão acontecendo apenas na última corrida do dia. O piloto #27 fechou o ano com 507 pontos, vantagem de 10 para o vice-campeão Douglas Pitoli, 16 para o terceiro colocado Giovanni Pamfílio e 31 para o quarto Rogério Pompermayer – os quatro foram os únicos a ir à pista com chances de título.
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“Ano passado, quando fui campeão, falei que era preciso ter um pouco de sorte. E agora não foi diferente”, disse Théo, logo após sair do kart no San Marino. Questionado sobre sua principal virtude na temporada, ele afirmou que “foi ter paciência e esperar a oportunidade certa para fazer as ultrapassagens.” E acrescentou: “Também ajuda chegar na final não sendo o favorito, pois a pressão é menor.”
CORRIDAS
Quem entrou na pista em Paulínia como favorito foi Rogério, que, além de vir de pilotagens consistentes, tinha vantagem de 14 pontos para Théo, de 17 para Pitoli e de 19 para Giovanni.
E a situação ficou ainda mais favorável ao piloto #23 com sua vitória na primeira corrida, após disputa acirrada entre ele e Théo – trocaram de posições ao menos duas vezes durante a prova e a diferença na linha de chegada foi de apenas 0s774.
A segunda corrida apresentou domínio de Patrik Camargo Neves, que largou na primeira fila, abriu vantagem de segurança para os adversários e “tirou o pé” somente na volta final, quando a vitória já era certa. Nesta bateria, os postulantes ao título chegaram um atrás do outro: Théo em terceiro, Rogério em quarto, Giovanni em quinto e Pitoli em sexto.
A situação seguia favorável a Rogério, mas o roteiro da final do Pé de Chumbo começou a mudar na terceira corrida. Logo nas primeiras voltas, numa tentativa de ultrapassagem, Rogério rodou e caiu para as últimas posições. Tentou se recuperar, mas um pneu furado impediu que conseguisse algo melhor do que o 17º lugar.
Para piorar, Rogério ainda viu Pitoli vencer a bateria, com Théo em segundo. Giovanni cruzou na quinta colocação e ficou em situação complicada na luta por seu primeiro título.
A expectativa e a tensão atingiram pico máximo para a quarta corrida. Rogério e Théo alinharam lado a lado no grid, na quarta fila, empatados em número de pontos – 476. À frente deles, Pitoli, com 468 pontos, na segunda fila, e Giovanni, com 465 pontos, na terceira.
E, por capricho do destino, quem começou a rodada mais perto do título, foi quem disse adeus primeiro. Logo na segunda volta, Rogério perdeu o bico do kart e abandonou a prova.
A partir daí, as atenções voltaram-se todas para Théo, que já era o segundo colocado, atrás apenas de Pitoli. Embora isso já fosse o suficiente para o bicampeonato, o piloto #27 ainda forçou um pouco o ritmo para assumir a ponta, ganhar a corrida e a etapa, e festejar o título de 2020.